quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Carta Aberta ao Governador do Estado do Rio


Senhor Governador Pezão,

Venho através desta carta, como cidadã, lhe fazer algumas perguntas que considero pertinentes, já que o senhor é um candidato ao governo do estado em que eu moro e amo. Peço, então, por obséquio, que o senhor se sente no meu divã por alguns minutos.

Tenho assistido aos seus programas eleitorais na TV e o acompanho também em suas redes sociais. Seus marketeiros, por sinal, muito bons, estão associando sua imagem a de um “candidato do povo”. Interessante estratégia, considero. No entanto, tenho certas dúvidas e preciso esclarecê-las, narigão. Ops! Pezão.

Seu governo e o de Cabral foi marcado por revoltas e manifestações populares. Repito: populares. Se a gestão de vocês dois era voltada para o povo, então por que milhares de pessoas foram às ruas protestar? Era só micareta mesmo?! Pior que eu estive lá. Vi tanta plaquinha “Fora Cabral” que agora, vendo o povo colocar o senhor, que é indicado por Cabral, no segundo turno, eu concluo: Acho que estavam se referindo a Pedro Álvares Cabral e estávamos em 22 de abril de 1500. Só pode! Melhor mesmo devolver o Brasil para os índios e pedir desculpas.

O senhor foi vice de Cabral por sete anos. É fato que Cabral nunca governou para os mais pobres, e sim para as elites. Ao longo destes sete anos o senhor nunca pensou em pegar um helicóptero para ir à mansão (que custa milhões) de Cabral em Mangaratiba, tomar um café com ele e com o Juquinha para questionar quando ele faria política para os mais necessitados? Nem que fosse em ano eleitoral, né? Só pra disfarçar.

E aquela história da ‘gangue dos guardanapos’? Por que o senhor não disse a ele que aquilo pegaria mal? O povo aqui, comprando promoção de restaurante no Groupon, e ele lá em Paris, poxa. Não pegou bem isso.

No seu governo e de Cabral os bombeiros foram chamados de “vândalos e irresponsáveis” e os médicos de vagabundos. Insultar classes trabalhadoras é governar para o povo? Quem é mais vândalo: o que luta por seus direitos ou aquele que tem poder para favorecer as classes desprivilegiadas e não o faz?!

O seu governo e de Cabral, historicamente, foi o que mais apresentou maracutaias, farsas, tramas, negociatas... O senhor não sabia de nada, certo?! Diz que não...

Bem... Fazendo os cálculos, em janeiro de 2015, se o senhor for reeleito mesmo, serão nove meses administrando o Estado. Estou realmente preocupada com o que pode nascer no nono mês desta ‘gestação’.

Agradeço pela compreensão e mande um beijo para os seus pais. Aproveita e diz pra sua mãe que eu conheço uma diarista que cobra baratinho, caso ela esteja se cansando das tarefas domésticas.

Sem mais.

Ah! E cadê o Amarildo? O pessoal aqui da Pavuna o conhecia também.

Atenciosamente,

Verônica Garcia.

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